Meditações Sobre Duarte Lobo II
uma vogal. duas. três. os cinco dedos de uma mão. a minha mão.
o fulgor religioso de uma superfície plana. escrever. não escrever. o
eclipse.
todas as folhas são uma montanha sem a superfície do lago, movem-se à
altura das mãos, com os olhos presos. o número. a cabala.
o Anjo
quatro vogais. o desenho. os quatro lados do poema. o fim. o
princípio.
o Entendimento
cinco vogais. a estrela de cinco pontas. o arroubo do corpo no acto
de escrever. a ave. o pássaro cintilante que te move os pés. o grito,
apenas o grito de uma cantilena suada. sem fim.
o luar.
a estrela
Índigo
o lugar onde nos sentamos na hora das refeições. a partilha do pão. o
tabernáculo. o novelo incessante que alimenta o chão. a vertigem da
terra. a raíz.
crescer em torno de uma bússula. os pontos cardeais. norte. sul.
este. oeste.
Oração
o momento claro da idade de ouro. a infância. o patriarca.
não sei de onde nasci, mas olho o espaço com os olhos dos homens. o
deus. a terra de todas as religiões. jacob. isaac. abrãao.
Ur
o primeiro poema
o verbo
Jorge Vicente (2)
(2) Este poema foi baseado num exercício de continuação do primeiro.
Ele consistia em escrevermos vogais com a nossa mão não dominante, ou
seja, a mão esquerda. Era um exercício longo que eu encurtei, pois o
exercício original levaria cerca de 2 horas a realizar-se. Eu fiz em
pouco tempo e com os olhos fechados. Novamente, decidi não explicar
nada. Apenas escrever um poema. Um exercício poético, como diria o
Constantino. Flashes de imagens em verso
o fulgor religioso de uma superfície plana. escrever. não escrever. o
eclipse.
todas as folhas são uma montanha sem a superfície do lago, movem-se à
altura das mãos, com os olhos presos. o número. a cabala.
o Anjo
quatro vogais. o desenho. os quatro lados do poema. o fim. o
princípio.
o Entendimento
cinco vogais. a estrela de cinco pontas. o arroubo do corpo no acto
de escrever. a ave. o pássaro cintilante que te move os pés. o grito,
apenas o grito de uma cantilena suada. sem fim.
o luar.
a estrela
Índigo
o lugar onde nos sentamos na hora das refeições. a partilha do pão. o
tabernáculo. o novelo incessante que alimenta o chão. a vertigem da
terra. a raíz.
crescer em torno de uma bússula. os pontos cardeais. norte. sul.
este. oeste.
Oração
o momento claro da idade de ouro. a infância. o patriarca.
não sei de onde nasci, mas olho o espaço com os olhos dos homens. o
deus. a terra de todas as religiões. jacob. isaac. abrãao.
Ur
o primeiro poema
o verbo
Jorge Vicente (2)
(2) Este poema foi baseado num exercício de continuação do primeiro.
Ele consistia em escrevermos vogais com a nossa mão não dominante, ou
seja, a mão esquerda. Era um exercício longo que eu encurtei, pois o
exercício original levaria cerca de 2 horas a realizar-se. Eu fiz em
pouco tempo e com os olhos fechados. Novamente, decidi não explicar
nada. Apenas escrever um poema. Um exercício poético, como diria o
Constantino. Flashes de imagens em verso
2 Comments:
olá
fizeste uns belos experimentos sim senhora. é que estão, na forma, na maneira de escrever, muito diferentes dos teus textos habituais que por aqui tenho visto
rd
Post a Comment
<< Home