movimento de subducção
no silêncio e sossego
do meu quarto
não tenho febre
e escrevo
um edredão de espirais verdes
uma caneta de escreve fluidos,
as minhas estas paredes
que eu pintei um dia
de artes plásticas
a amurada de livros protege-me
na cama-barco que navego sonhos
o ar tão quadrilátero e arrumado
as reticências da minha sonolência
os pensamentos de subducção,
os rochedos que recordo praias
o que eu espero geológico
pelo solstício de inverno
e descobri um prazer profundo
leve e tão profundo o meu prazer:
o de respirar com os pulmões grandes
como a sombra da copa de uma árvore
(o nevoeiro interno
é agora orvalhar verde
que floresce florestas)
não reconhço nem a deuses,
nem a astros, o direito à vida
mas tenho crescido ultimamente
por isso hoje posso escrever
o movimento
da terra que vai para debaixo da terra
ainda está longe
do meu quarto
não tenho febre
e escrevo
um edredão de espirais verdes
uma caneta de escreve fluidos,
as minhas estas paredes
que eu pintei um dia
de artes plásticas
a amurada de livros protege-me
na cama-barco que navego sonhos
o ar tão quadrilátero e arrumado
as reticências da minha sonolência
os pensamentos de subducção,
os rochedos que recordo praias
o que eu espero geológico
pelo solstício de inverno
e descobri um prazer profundo
leve e tão profundo o meu prazer:
o de respirar com os pulmões grandes
como a sombra da copa de uma árvore
(o nevoeiro interno
é agora orvalhar verde
que floresce florestas)
não reconhço nem a deuses,
nem a astros, o direito à vida
mas tenho crescido ultimamente
por isso hoje posso escrever
o movimento
da terra que vai para debaixo da terra
ainda está longe
1 Comments:
fenomenal!
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